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Beijo de Mulata

Beijo de Mulata

17
Jul11

[en españa se habla la lengua del imperio] a silly season na catalunha

beijo de mulata

O Nascimento do Mundo
(Salvador Dalí)

Ao longo dos últimos dias, eu e os mais atentos à vida que se vai passando aqui e ali, no meio do mato, tivemos a prova de que o mundo é pequeno... Foi a Ruiva que, na cidade das acácias conheceu o meu amigo Francisco Campos sj, foi a leitora que conheceu o Sr. Pompisk (uma história deliciosa! Para ela e para o Sr. Pompisk, se nos estiverem a ouvir, um grande abraço...), foi outra leitora que conhece bem Nampula e já esteve para ir ao campo de refugiados de Maratane (acho bem que não tenha ido... já é duro o suficiente quando se vai para ajudar, mesmo podendo de facto fazer qualquer coisa. Ir para visitar seria algo de sinistro...).

Mas a prova cabal de que o mundo é um ovo, meus amigos, tive-a ontem aqui em Barcelona: em catalão fala-se em escalfament global! Também há quem diga que o mundo é uma ervilha, o que faz sentido neste contexto culinário... Eu só acrescentaria uns pedacinhos de jamón ibérico para dar alguma graça e um sabor mais internacional a esta aldeia global...

Pois... eu sei, passar a silly season na Catalunha dá nisto. Se calhar devia hibernar, como no ano passado.
23
Mai11

[introdução à escorpiologia] da teoria à prática

beijo de mulata
Meus queridos amigos, escrevo para encerrar o assunto dos sapos e dos escorpiões naquele que foi um dos greatest hits desta semana aqui no mato - sobre os encontros imediatos que podem suceder numa casa de banho na savana. Entre outras coisas é um post onde se aprende que os escorpiões não costumam andar aos pares (e não, não é uma metáfora nem uma referência velada aos nativos deste signo). É também um post onde se expõe a razão pela qual eu, mulher púdica e recatada, nunca seria capaz de beijar um sapo numa casa de banho, sobretudo se corresse o risco de ele se transformar em príncipe...  Assim um bocado à mete-nojo histriónica, falo também de um encontro com uma centopeia e de outro com uma cobra cuspideira, mas depois acabo por não me descoser. E não adianta virem aqui numa de "ajoelhou tem que rezar" porque eu tenho uma reputação a manter.

Enfim, tudo isto para dizer dizer que nesse post, como em quase todos os outros aqui no mato, não se aprende muito. Já a Maria Bê, minha correspondente no Arizona, veio aqui para me demonstrar que, em matéria de escorpiologia, se uns jogam no estádio da aldeia, no "solteiros contra casados", outros há que lhe dão forte e feio na primeira divisão. Eu fiquei fascinada (para não dizer arrumada) com uma lição de caça ao escorpião com luz ultravioleta! E para quem quiser aprender mais tem ainda, nos posts mais antigos, uma introdução à escorpiologia e imagens da captura do Marvin, um escorpião que foi posterormente adoptado e vive agora como um príncipe em casa de um amigo (sem que para isso se tenha transformado em sapo - sim, eu sei que isto são circularidades de uma rapariga loira, mas também, assim como assim ninguém vem aqui para estudar lógica argumentativa, pois não?).

E pronto, da próxima vez que for para Moçambique já sei que mais levar na mala...
15
Jul10

[scrambled eggs] e os compromissos

beijo de mulata
(Ultimamente andamos pródigos em interlúdios e interrupções de emissão.)

Recentemente vivi uma história do tipo John Lennon/ Paul McCartney com um amigo para quem volta e meia escrevo letras de canções. E desta vez tive um vislumbre da razão pela qual os letristas e os compositores se zangam tão frequentemente...

É que, por vezes, quando se escreve algo que nos diz muito, as palavras tornam-se os nossos meninos, deixamos de querer abdicar de uma sílaba que seja. Mas o meu Cole Porter tem uma sensibilidade tão grande para estas manias de quem escreve que, mesmo sem lhe pedir, sempre levou as palavras ao pé da letra, passe o pleonasmo. Só que fazer isto não é fácil. Tem de haver um compromisso e um empenho muito fortes para tentar captar a musicalidade das palavras alheias e criar música com elas. É por isso que lhe estou agradecida. Mesmo que desta vez não me tenha envolvido tanto com as palavras e nada disto fosse necessário...

Mas isto vinha a propósito de um comentário do senhor do Sem Compromisso sobre ovos escalfados, tema que acidentalmente se tornou recorrente neste blog sem que eu tenha tido participação directa no assunto. (E, meus amigos, todos são testemunhas de que também nunca tentei atirar as culpas para cima dos pobres ovos, que nunca souberam de onde veio tanta água ferver nesta história toda, está aqui o Blogger que não me deixa mentir!) O comentário falava do Yesterday dos Beatles:
Paul McCartney sonhou com uma música e no dia seguinte de manhã correu ao piano antes que a esquecesse. Chamou ao que escreveu, e que viria a ser "Yesterday", "Scrambled Eggs"! (...)
A versão inicial era Scrambled eggs/ Oh my baby how I love your legs... Daí até à versão final podemos imaginar a batalha campal que deve ter havido com John Lennon e os compromissos que ambos tiveram de fazer para por fim escreverem:


Yesterday
All my troubles seemed so far away,
Now it looks as though they're here to stay,
Oh, I believe in yesterday
Why she had to go, etc...
12
Jul10

[aviso: ignore este aviso]

beijo de mulata
Interrompemos a emissão para emitir o seguinte comunicado:

Em virtude de uma inopinada elevação dos níveis de colesterol LDL, este blog está interditado de ingerir ovos escalfados até ao final da semana, pelo que a revolução, até novas indicações, fica desconvocada. Mais, caso a situação se mantenha, planeamos iniciar uma greve de fome, que este blog é um blog pragmático e para grandes males, grandes remédios. E para os que reclamam que estes avisos não fazem sentido, eu reivindico que a semântica já foi desclassificada há muito tempo neste blog. Resta-nos o ritmo e a sintaxe. Até ver.

Pronto. Era só isto. A emissão seguirá dentro de momentos.
05
Jul10

[aviso: ignore este aviso] a silly season

beijo de mulata
Avisam-se os estimados leitores que vamos hibernar na silly season. Já demos início ao processo de engorda para podermos passar o Verão a dormir, processo esse que passa por comer ovos escalfados aos pares, para agradar a este senhor (ver comentário num dos posts aí para baixo) e também para completar um ciclo de private jokes que começaram com um marcador de livros no Hospital do Rego num Dezembro que já lá vai. Algures pelo meio apareceu um ovo escalfado, cujo contexto ninguém percebeu (inclusivamente o próprio ovo, que não foi tido nem achado), mas que desde então se tornou no símbolo de uma revolução silenciosa... (Estamos a conseguir passar a mensagem? Humm... Se calhar não...)

Bem, o que queríamos mesmo dizer é que nos estamos a preparar para hibernar na silly season e que neste momento só estamos à espera de um sinal (uma notícia bombástica num jornal, um acontecimento descabido, um casamento improvável) para percebermos quando é que a silly season começa verdadeiramente. Até lá estamos a planear ingerir ovos escalfados como se não houvesse amanhã. Nos nossos planos incluem-se também, com distintos graus de prioridade, champanhe com morangos, pataniscas com arroz de feijão e diversos pratos de cozinha de fusão cujo nome desconhecemos. Até lá we'll keep in touch.

Pronto. Era só isto. Quer dizer... não, não era só isto que eu tinha para vos dizer. Mas por enquanto não posso adiantar mais nada. E também ainda não é desta que começo a contar-vos a história do Lépido.
14
Abr10

[coisas que guardei] sem que isso faça de mim ocd

beijo de mulata
Um marcador de livros metálico com inscrições célticas, recebido num final de tarde no jardim do Curry Cabral... Os pombos, as galinhas, os patos e os perus como testemunhas e os gatos, alheios à despedida que se vivia (ou mesmo desdenhando dela - nunca saberemos o que se passou na cabeça dos gatos nesse fim de tarde...) prontos a saltar em cima dos pombos.

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