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Beijo de Mulata

Beijo de Mulata

26
Jul10

[not in their backyard!] os fumos da mozal

beijo de mulata
aqui vos falei, a rebentar de indignação, sobre o crime ambiental e sanitário que permanece impune às portas de Maputo... e continuo perplexa com o escândalo que é o governo ter aceite, sem qualquer pudor, a decisão assassina dos dirigentes da Mozal (fundição de alumínio) de libertar directamente para a atmosfera os fumos resultantes do processo de fundição durante meses, período em que vão proceder à substituição dos filtros.

Em qualquer país da Europa isto nunca seria permitido e, mesmo que acontecesse sem autorização do governo, quando o assunto viesse a público as acções da empresa cairiam automaticamente na Bolsa, haveria, no mínimo, manifestações das populações circunvizinhas transmitidas em horário nobre e uma campanha da sociedade civil para o boicote ao consumo dos produtos dessa fábrica. Mas por lá, pelos fracos ecos que me chegam, nem sei sequer se a população faz ideia do que está a acontecer mesmo no seu quintal... Felizmente o Professor é um homem atento e tem denunciado a situação, com muito mais alcance e propriedade, mas será que vai ser suficiente?
17
Jul10

[mas está tudo doido?!] licenciar a poluição a céu aberto

beijo de mulata
O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental de Moçambique confirmou esta semana ter autorizado a empresa de fundição de alumínio, Mozal, localizada nos arredores de Maputo, a operar com emissão directa de gases tóxicos produzidos nas suas actividades durante os próximos seis meses, período previsto para a conclusão do processo de substituição dos filtros das emissões de gases. Fê-lo ignorando todos os alertas dos ambientalistas e da comunidade internacional para o perigo deste tipo de operações. Depois de cerca de um mês de suspense, o governo cedeu às pretensões da Mozal, alegando ter recebido estudos conclusivos que afirmam que não haveria danos para o ambiente, uma vez que os níveis de poluição seriam mínimos (!).

Durante os próximos seis meses, as comunidades circunvizinhas da fábrica, até um raio de 40 km, segundo os ambientalistas, estarão expostos a diversos tipos de poluentes, desde fluoretos até dióxido de enxofre e dióxido de azoto, que podem provocar doenças respiratórias agudas e crónicas, irritação da visão e até doenças neoplásicas (cancro). Fontes de algumas comunidades residentes próximo à Mozal, afirmam que a empresa prometeu, durante uma acção de consulta popular, disponibilizar meios para o transporte de possíveis afectados que necessitassem de tratamento hospitalar, auxiliar na sinalização rodoviária nos momentos em que a visibilidade ficasse prejudicada e irrigar as plantas de cultivo caso ficassem "empoeiradas"!

Isto é absolutamente inacreditável! Fiquei doente quando li esta notícia em vários jornais, incluindo o Savana e pior ainda quando percebi que, entre os afectadas pelos efeitos directos da poluição estarão certamente os meus meninos da Casa do Gaiato de Maputo, os grandes responsáveis pela minha paixão por Moçambique, que vivem a poucos quilómetros desta fábrica.

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