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Beijo de Mulata

Beijo de Mulata

11
Abr17

[histórias para o baby-de-mulata] livros sobre adoção #3

beijo de mulata
As Famílias Não São Todas Iguais

Este é um livro que ajuda a aplacar angústias e a normalizar a diferença. Põe o dedo na ferida, mas mostra muitas outras, e o mal de muitos alívio é. Quando os meninos perguntam: porque é que o João tem duas casas, a da mãe e a do pai? Porque é que eu não vivo com o meu pai? Porque é que eu tenho uma cor diferente da cor dos meus pais? Porque é que tenho duas mães? Porque é que fui adotado e os outros meus colegas não?

"As Famílias Não São Todas Iguais" ajuda os pais a responderem a todas estas questões e ajuda a criança a chegar à conclusão simples de que família é quem dá amor e quem ajuda a criar esperança!

Divórcio, família reconstruída, adoção interracial, monoparentalidade e adoção homoafetiva são contempladas lado a lado no livro.

A questão punha-se-me mais há uns anos, na altura em que era mãe solteira e me imaginava a responder a questões sobre a ausência do pai. Comecei cedo a ler este livro ao baby e planeava responder simplesmente: "as famílias são todas diferentes. Tu tiveste um pai e uma mãe, como toda a gente, mas depois, como não puderam cuidar de ti, eu fui pedir ao juiz para ser tua mãe para sempre. E agora a família somos nós!" Mas como somos uma família mais tradicional agora ainda não fez grandes perguntas sobre as famílias. Já sobre as barrigas... mas essa é outra história.
09
Abr17

[histórias para o baby-de-mulata] livros sobre adoção #2

beijo de mulata


Os Ovos Misteriosos de Luísa Ducla Soares

"Os Ovos Misteriosos" é um livro maravilhoso, delicioso e absolutamente genial, ou não fosse da Luísa Ducla Soares. Faz parte do Plano Nacional de Leitura para leitura orientada no primeiro ano de escolaridade, mas da minha experiência pode ser lido a partir dos três anos. Mas, claro, nestas coisas não há como ler primeiro (ou ver o vídeo acima) e ver se o nível de desenvolvimento dos filhos se coaduna já com a compreensão do texto.

A história é de uma galinha órfã de filhos, a quem o dono roubava os ovos todas as manhãs. Até que, corajosa. decidiu ir para a floresta chocar um ovo sozinha. Passado pouco tempo, e de forma misteriosa, vários ovos apareceram no seu ninho: uns grandes, outros pequenos, uns mais claros, outros mais escuros. E todos os outros lhe perguntavam por que ia chocar ovos que não eram dela. E ela respondia. amorosamente, como todas as mães adotivas: estão no meu ninho, vão ser meus filhos! Embora admirada, chocou todos os ovos, dos quais viria a nascer uma insólita ninhada: um papagaio, uma serpente, uma avestruz, um crocodilo e também um pinto. Todos irmãos, e todos diferentes, formavam uma ninhada engraçada, que a mãe-galinha tinha dificuldade em controlar e em alimentar.

Mas no fim, numa grande aventura, todos, de modos também diferentes, defenderam o irmão pinto quando o viram ameaçado, dando sentido a todos os esforços da galinha.

Este é um livro em que a enorme ternura que o atravessa não impede o humor e o ritmo tão próprios desta autora. Para ser lido e relido e colocar e responder a perguntas sobre adoção, sobre as diferenças entre os irmãos e as necessidades de cada um e a forma como cada um deve ser tratado, não com igualdade, mas segundo as suas características. Pode ainda ser lido como uma abordagem à multiculturalidade ou à inclusão de crianças com necessidades especiais.
06
Abr17

[histórias para o baby-de-mulata] livros sobre adoção

beijo de mulata

A Mother for Choco (Comprei na Amazon)

Há muito poucas histórias sobre adoção dirigidas a crianças, infelizmente. Então livros em português são mais raros que um bom tratado de anatomia topográfica (brincando, ok, meus amigos?)... É uma lacuna grave, já que há tantas crianças adotadas em todo o mundo, e dez vezes mais crianças que, não sendo adotadas, têm contacto com crianças que o foram ou sofreram perdas semelhantes e poderiam elaborar melhor essas perdas através de uma história pedagógica e com final feliz. 

Quando o baby-de-mulata tinha dois anos e ainda estava na fase do repete-repete-repete-rotina, gostava sempre que lhe contasse a mesma história vezes a fio. Inventou nomes para cada uma das personagens (a minha preferida era o "porquinho-bifinho"), ria-se com as palhaçadas da mamã ursa e pedia-me vezes sem conta para fazer tarte de maçã.

Agora de vez em quando ainda pega nela e gosta de recordar e fazer perguntas. E eu também faço perguntas, embora ele a mim não me responda... Há vários níveis a que se pode ler a história e vários ângulos e perspetivas, desde a adoção interracial até à questão da monoparentalidade (ou não, podemos sempre imaginar que o pai estava a chegar a casa) e da partilha e diferenças entre irmãos.

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