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Beijo de Mulata

Beijo de Mulata

31
Mai14

[outras palavras] voluntariado em moçambique

beijo de mulata
 
Os adoráveis gémeos da Maria!
(Mitande, Niassa)
 
Já vos falei dela: a minha amiga Maria, enfermeira de formação e coração (e, se Deus quiser, quando regressar, também o será de profissão), que está há quase 18 meses em Mitande, uma terra mágica, na província mais longínqua e abandonada de Moçambique. Mulher de sete ofícios: médica, enfermeira, parteira, confidente, mecenas, psicóloga, personal coacher, orientadora vocacional. Há dias escreveu assim na sua página do face:
 
Já foram internados há quase um mês… como é possível ainda não ter escrito nada sobre os meninos dos meus olhos?, um casal de gémeos adoráveis, que conheci em Dezembro… na altura gordinhos, apenas era necessário um reforço na alimentação materna – afinal encontrávamo-nos na época da fome e eram duas crianças amamentadas por uma só mãe. Depois de três vindas ao nosso Centro de Recuperação Nutricional, a mãe não voltou mais…

Voltou agora, muito magra, com os pequenos a pesarem menos que em Dezembro. Pedia desculpas por não ter voltado, adoecera gravemente e “desconseguira” chegar na data marcada… tentara vir depois, mas as chuvas intensas elevaram o rio Lugenda [rico em fauna exótica – cobras, crocodilos, hipopótamos] acima da ponte, pelo que se resignou. Tornou a adoecer e só agora conseguira chegar.
 
Num desses períodos de pouca saúde, descreve que terá tido uma mastite, que lhe “secou” a mama direita. Então, era ver duas crianças-pele-e-osso, famintas, lutando por uma única mama que, de tão sugada, não é agora mais que um pedaço de tecido flácido.

 Agora, já em recuperação – ela mais gordinha que ele, fruto da sua resistência a esses alimentos artificiais ricos em nutrientes [particularmente o maravilhoso pumply'nut - a maravilha da ciência, inpirada em Nutella], vão-me fazendo as delícias das minhas manhãs com os seus sorrisos marotos e caprichos típicos de crianças famintas…

Quem ousa dizer que não são uma delícia estes dois anjinhos?
E eu quase chorei de saudades desse povo que me ficou no coração... Quase me dói o peito. Não me julguem mal, adoro a vida que tenho agora. O preço a pagar por ter adotado o meu baby-de-mulata - não mais voltar a Moçambique -, pagá-lo-ia dez vezes mais, mas a saudade fica a pulsar dentro do peito de cada vez que vejo estes sorrisos envoltos em capulanas.

A minha esperança é que o baby queira ir comigo um dia quando voltar!
04
Jan13

[olha, também há babyshower blogosférico por aqui] obrigada, bê!

beijo de mulata


"In the light of the moon, a little egg lay on a leaf."

Começa assim o maravilhoso clássico para crianças que a minha querida Maria Bê, exímia caçadora de escorpiões americanos, uma mulher que se lembra de todo o tipo de cenas e acha isso um defeito, mãe de duas crias maravilhosas, enviou do Arizona para o meu baby-de-mulata! Ele adorou! Baby M., o seu primo pseudo-gémeo também não desgrudou do livro o dia todo. Com toda a propriedade, diz Maria Bê que foi esse o primeiro livro da filha mais velha. Eu digo que foi com este livro que descobri que o baby-de-mulata sabe contar até cinco!

Desde então tenho-lhe cantado a música da borboleta? para dormir:
 
Borboleta, borboleta
D'asa às cores e cara preta
Tu já foste uma lagarta
Verde e gorda, feia e farta...
 
Claro que ele, como futuro homem de barba rija que se preze, ao terceiro verso começa a gritar: "Não, não! O popó!" (Prefere a música do popó, humpf, como é possível?!) Mas é uma questão de tempo e de não perder o ritmo... Obrigada, Bê!
05
Nov12

[gémeos] um só par é para meninos!

beijo de mulata
De vez em quando não resisto a voltar a este assunto... Tenho uma amiga que foi enfermeira durante a vida toda no Hospital Pediátrico de Coimbra. A Eugénia é uma mulher de armas que parece pelo menos 20 ou 30 anos mais nova do que a idade que tem! Competente, bem-humorada, cheia de energia. (Ela não lê este blogue, não lhe estou a fazer nenhum elogio gratuito!) Há alguns anos, depois de reformada, resolveu partir para Moçambique para ajudar na missão do Marrere, uma localidade próxima de Nampula, a capital do Norte.

O Marrere tem um dos melhores hospitais da região (em termos humanos e organizacionais) e é lá que passa os dias, apoiando os mais doentes de todos: as crianças desnutridas e os doentes com VIH, sobretudo as grávidas e as crianças suas filhas. Há tempos enviou-nos esta foto e a seguinte explicação:


 
O senhor Lino Mesa e a Dona Arlinda Botão foram pais pela décima nona vez, dando deste modo um enorme contributo para a taxa de natalidade da província, para além de serem um caso raro de extrema fertilidade! Das doze gestações nasceram dezanove filhos – cinco gravidezes gemelares, uma gravidez de trigémeos e as restantes de apenas um filho ou seja metade das gravidezes foram gemelares*. É obra! Esta última gravidez gemelar foi seguida aqui na consulta de grávidas.

 Apenas catorze dos filhos estão vivos... Os bebés João e Joana frequentam o centro de nutrição e são apoiados com leite adaptado, roupa, biberões e fraldas. Os irmãos Orlando e Orlanda**, que frequentaram no ano de 2009 a nossa consulta, estão de boa saúde. São um casal muito unido e bem-disposto e o papá Lino acompanha sempre a esposa à consulta dos seus filhos. 

* Este post é dedicado à Ana F. e à Sílvia, as minhas amigas que atualmente estão à espera de gémeos, e também à Ana D., cujos filhos fazem cinco anos!
**Já vos falei das peculiaridades dos nomes dos gémeos em Moçambique, se não se lembram podem ir rever...
17
Out11

[nomes que dizem tudo #24] gémeos

beijo de mulata
Tenho uma amiga - de quem já vos falei uma vez - que trabalha no Marrere, a 15 km de Nampula, num projecto iniciado por ela no combate à SIDA e à desnutrição naquela zona.

Há tempos enviou-me os dados do projecto para a ajudar a apresentar os resultados. Uma tarefa hercúlea, mas que me tem dado um prazer enorme, acreditem. Ainda no início do trabalho, estava eu a fazer contas e mais contas, quando me apercebi que teria de separar os gémeos num grupo à parte. E foi então que soltei uma gargalhada que se deve ter ouvido no prédio em frente. Mais uma vez confirmei que em Moçambique os gémeos são espiritualmente tratados como se de um só se tratasse. Por isso são vestidos de igual, devem ser tratados de forma o mais equitativa possível e os nomes também devem ser parecidos. Assim, na lista que a minha amiga me enviou, encontrei a bela soma de 72 pares de gémeos! Depois olhei melhor e percebi que talvez não fosse coincidência que os que tinham o nome mais parecido tinham nascido com pesos muito próximos e quando os pesos eram díspares, o que tinha nascido com maior peso tinha o nome mais comprido.

Não resisto a partilhá-los convosco... São uma delícia, vejam só:

- Elisete e Elisabete [Uma pequenita de 1700g e outra maior de 2500g.]
- Zita e Zito [Ambos com o belo peso de 2500g]
- Sandra e Santos [Pois, pelos vistos Santos pode ser nome próprio...]
- Aquiba e Equibal
- Sónia, Sunito e Sozinho [Pobrezito do bebé Sozinho...]
- Selma e Selmão [Adivinhem quem era o maior...]
- Amisse e Amizade
- Gito, Gildo e Judite
- Isa e Arde [Sem comentários...]
- Mércia, Comércio e Merecido [Oh, valha-me Deus!]
- Délfia e Delfina
- Deonilda e Deolinda
- Ortência e Ortêncio
- Ordina e Ordino [Um clássico... um conjunto de nomes com que me deparo em quase todo o lado.]
- Ánita, Anita e Anito [Os três equilibrados, entre 1800g e 2000g.]
- Vivi e Vilma
- Sónia e Sénia [Outro clássico...]
- Sony e Nokia [Oh, valha-me São João Baptista!]
- O casalinho Ilda Lino e Idalino Lino [Eu, se fosse a eles, zangava-me... mas isto são nomes para se dar a um filho? Ou a dois?!]
- Célio e Ofélio
- Estefânia e Vânia
- Belita e Benedita
- Miguel e Micael
- Rosário e Rosarinho
- Carla, Carlos e Cardoso
- Mildo e Imarildo...
- ...

Pronto, era isto... Voltamos para a estrada, na minha aventura Iapala-Nampula assim que conseguir parar de rir...
14
Mai11

[nomes que dizem tudo #16] mentes brilhantes

beijo de mulata
No Serviço de Urgência dois gémeos idênticos, naturais da Guiné-Bissau e residentes em Lisboa há dois meses, corriam-me pela sala de observação. Piratas de quatro anos, um terror em dose dupla, cada um para seu lado, tentando confundir a mãe que, visivelmente cansada e agastada lhes ia ralhando sem convicção nenhuma. E eu lá ia, alegremente, colhendo a história, fingindo que não os via a juntar-se para se entreajudarem na difícil escalada da marquesa e darem início a uma série de mergulhos olímpicos. Com direito a pirueta e, por vezes, a uma pequena cabeçada na minha secretária e a uma reprimenda exausta da mãe.

- Sócrati, não faz isso! És tu qui disencaminha teu irmão!
- Ah, que engraçado, é Sócrates como o nosso Primeiro-Ministro?
- Não, é Sócrati como o filósofo grego... [Ora toma que é para aprenderes!]

Ora então o Sócrati, estava cheio de calafrios há dois dias e a mãe temia que fosse algo de grave.

- O Sócrati já teve malária, mamã?
- Não, Doutora, só paludismo mesmo...
- Pronto, está bem... [Já estou habituada a que as pessoas não reconheçam um dos sinónimos...] Vamos vê-lo, mas de qualquer modo temos de fazer análises... E como se chama o outro? - pergunto, procurando algum Platão ou Aristóteles na lista de inscritos no computador.
- Chama-se Diskati.
- Ah, Diskati... Mas porquê Diskati? O que quer dizer?
- Não quer dizer nada, Doutora, é Diskati mesmo, como o filósofo...
- Ah, Descartes... [Ó valha-me Santa Eufrásia, eu também não aprendo... mas porque é que pergunto se depois tenho de esconder a cara e morder o lábio?] E então o que tem o menino?
13
Abr11

[adama] a vida é simples, insisto

beijo de mulata


Guiné-Bissau
(Fotos daqui)

(continuando...)

Meses depois, estava eu em casa a dormir, a recuperar do banco do dia anterior, quando recebo um telefonema de que reconheci num relance o indicativo da Guiné-Bissau: só podia ser da Adama, que me telefonava de vez em quando para dar umas atabalhoadas notícias, no seu português cada vez mais difícil de compreender. Daquela vez, a voz menos jovial pedia-me que lhe telefonasse de volta porque não tinha saldo. Em vão tentei ligar. Um sotaque africano insistia que me tinha enganado no número, que aquele não estava atribuído. Estranho. Muito estranho. Telefonei aos tios de Portugal, mas não tinham notícias dela porque tinham acabado de chegar do estrangeiro. Que de qualquer modo era sempre muito difícil contactar com ela porque na localidade onde vivia não havia rede de telemóvel. Só quando se deslocava a Bissau é que telefonava. Asseguraram-me que mais hora menos hora haveria de conseguir contactar com ela. “A rede lá é muito instável. Ora vai, ora vem.” Que continuasse a tentar, não havia mais a fazer. Tentei em vão. Fiquei perturbada. O que se passaria? Telefonei aos tios no dia seguinte, mas continuavam sem notícias.

Nessa tarde fiquei a saber pela directora do internamento que a Adama tinha falado com a voluntária que a ajudara a voltar para a Guiné e que lhe tinha dito que estava a passar fome, cheia de dores de cabeça e em todo o corpo... Gelei. Que ela não queria voltar para Portugal, não era nada disso, tinha feito questão de dizer, mas que estava a passar muito mal. Pensámos o pior... Para além do horror da fome poderia ter tido um AVC, uma trombose periférica... Que poderíamos fazer por ela? Uma coisa é certa, não tinha sido para isto que a tínhamos mandado de volta para a Guiné...

Só fiquei a saber do desenrolar dos factos na segunda-feira seguinte, quando passei na Unidade de Adolescentes. A voluntária mais um vez tinha sido o seu anjo da guarda. A história foi mais ou menos assim: No momento em que tinha falado com a Adama a voluntária estava no seu local de trabalho, ao lado de uma amiga, que por sua vez tinha um amigo riquíssimo, dono de uma ilha na Guiné, onde ia amiúde passar férias... Falaram com ele e o senhor tinha ficado muito sensibilizado com a história e, por um extraordinário acaso, iria para a Guiné no dia seguinte.

Conseguiram localizar a Adama em Bissau através de um jornalista, cujo contacto nos tinha sido dado pelo tio já no aeroporto, no momento da partida para a Guiné. Segundo o tio, tratava-se de um senhor de toda a confiança e que falava bem a língua local, portanto podia fazer de intérprete entre o magnata da ilha e a nossa protegida...

Ao que parece, o jornalista teve de interromper alegremente uma reunião com o Ministro do Interior para mediar a conversa! Quem me dera ser uma mosca africana para lá ter estado... No dia seguinte a Adama telefonou novamente à voluntária. A voz completamente diferente agradecia, porque já não tinha dores e estava tudo bem. Não telefonava mais porque ia regressar para Galumaro, a sua aldeia. A mãe da Adama também falou, com a voz embargada, uma única palavra em Português: Obrigada! As restantes palavras eram incompreensíveis, mas também não era necessário traduzir.

Lembrei-me há dias desta história, não sei porquê, mas continuo a achá-la inspiradora. Foi extraordinária a corrente de solidariedade que se criou em torno desta menina tão especial para a ajudar a cumprir o seu desejo de permanecer junto da família. E é curioso que tudo quanto lhe pudemos dar no tempo em que cá esteve, desde ter aprendido a falar Português, a conhecer as letras, até ao tratamento da doença, passando pelos amigos que fez, nada disto teria sentido para ela se não tivesse podido voltar. São tantas as vezes que pensamos que os meninos africanos com doenças crónicas não podem nem devem regressar ao seu país, que nem sempre conseguimos sequer pensar como poderemos organizar o seu regresso. Mas como dizia sempre minha tutora, “Se eu tivesse a minha palhota, era na minha palhota que eu haveria de querer estar!”

Depois disto nunca mais tivemos notícias dela... Não tenho muitas ilusões, sei que a vida é dura, que no mato há muitas doenças e que a saúde dela era frágil. Mas quero acreditar que está bem, que a vida continua a ser simples e que a sorte lhe sorri uma vez mais todos os dias...

De vez em quando tenho vontade de a ir procurar. Não seria impossível talvez... Temos o nome dela, a localidade, a história de vida, da família e da doença. E já percebi, por experiência própria, que em África só não se encontra quem não quer mesmo ser encontrado. Quem sabe se um dia alguém não completa esta história?
05
Mar11

[vozes brancas #42] ...e vidas pequeninas

beijo de mulata
Os médicos (felizmente) também se enganam. E eu tenho tido a graça de uns enganos muito felizes... Quem convive regularmente comigo sabe que acompanho quase diariamente duas meninas gémeas extremamente doentes. Quase sempre internadas, com internamentos longos por uma sintomatologia monótona e desesperante (vómitos incoercíveis), um atraso de desenvolvimento gravíssimo para a idade e um crescimento mais do que deficiente. Têm uns pais fantásticos, que apesar de todo o desgaste emocional, sempre a dobrar, já me conseguiram dizer coisas como: "Ao menos as nossas meninas têm-nos a nós, que as adoramos. Há crianças doentes em instituições que não têm mesmo ninguém..."

Há dois anos a mãe ligou-me a dizer que achava que estava novamente à espera de bebé... Que não tinha sido planeado, mas que estava feliz. Gelei. Acho que nem consegui dar-lhe os parabéns de imediato... Já tínhamos tido "a conversa" e eu já lhe tinha dito que a doença das meninas, apesar de não diagnosticada, era genética e que a mãe era portadora da mutação com quase 100% de certeza. Ela, pelos vistos, não tinha entendido a situação nessa perspectiva. Na analogia da garrafa de vinho, eu tinha-lhe dito que a garrafa estava mesmo quase vazia e ela ouviu que podia estar talvez um bocadinho cheia. Nem que fosse só um bocadinho. Controlei-me. Enviei-os à consulta de aconselhamento genético pré-natal mas não fui com eles. Era uma conversa demasiado íntima para estarem na presença de outra pessoa, pensei. Mas depois da consulta, quando lhes perguntava o que lhes tinha sido dito, respondiam com evasivas. Claramente não queriam falar sobre o assunto.

Quanto a mim, por um lado acreditava que lhes tinha sido bem explicada a elevadíssima probabilidade de terem um terceiro filho muito doente e que a decisão em consciência era deles. Por outro lado tinha ideia de que eles estavam completamente a leste daquilo que os esperava. Durante meses tentei puxar o assunto de todas as maneiras e feitios mas a mãe ignorou-me olimpicamente. Tenho a certeza de que se me tivessem perguntado directamente eu lhes teria respondido sem hesitar aquilo que pensava. Mas, por fim, a gravidez chegou às 24 semanas e eu deixei de falar no assunto. Só mais de um mês depois é que me conseguiram fazer "a pergunta"... Mas claro, o que é que eu iria responder já às 30 semanas a um coração de mãe tão maltratado? Que nos tínhamos de encomendar a Deus e confiar na sorte. Que tudo haveria de correr bem. (Como dizia a minha avó, ao mal feito aberto o peito.)

E há um ano e meio nasceu um menino. Comecei a segui-lo com o coração tão pequenino... Desolada porque, infelizmente, seria a mim que caberia, mais tarde ou mais cedo, dar a má notícia aos pais. Mas o tempo passava e o menino ia sorrindo, segurando a cabeça, olhava para todo o lado com um olhar vivo e curioso, palrava, comia que se desunhava, aumentava de peso e crescia como se nada fosse... Para meu espanto, cada aquisição era uma conquista sem esforço. E quanto mais o tempo passava, maior era a certeza que íamos tendo de que o menino era um totalista do Euromilhões. Mais de 90% de probabilidade de ser doente e sai-nos um menino normal!

Na semana passada foi a consulta dos 18 meses. Tirei a prova dos nove. Como é quase intuitivo, a mais cabal demonstração de inteligência de uma criança pequena é o jogo simbólico. É a capacidade de brincar ao faz-de-conta. Perguntei aos pais se ele já brincava.

- Sim, Doutora - responderam. - Já vai buscar os bonecos, dá-lhes banho, faz ó-ó e dá-lhes de comer. Ah... e faz uma coisa muito engraçada. Nunca vai buscar só um. Anda sempre com dois ao mesmo tempo. Os "filhinhos" dele também são gémeos!
25
Dez10

[improbabilidades de natal] gémeos

beijo de mulata
Nossa Senhora teve gémeos! "Dupla encarnação de Deus" disseram espantados São José, o burrinho e a vaquinha. (Serão biologicamente monozigóticos?)

Post dedicado à Ana, à Sara, à Catarina e à Marta porque se o Natal tivesse sido assim, a história da religião católica poderia ser hoje ainda mais profunda e rica... Sejam muito felizes! Para a Marta: tenho a certeza de que vai tudo correr bem! Beijinhos.

Foto genial da Malguitcha?...

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