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Fev17
[bullying no jardim de infância] histórias de fora de casa
beijo de mulata
Correu tudo bem, felizmente, obrigada pelo vosso apoio e preocupação. No dia seguinte estivemos a treinar o que fazer e o que responder em caso de novas investidas do pequeno bully lá da escola. Teatro cá em casa até à hora de dormir:
- Vá, baby, faz uma cara feliz. E agora uma cara triste. E agora uma cara de corajoso! Boa!
E ele lá ia fazendo as caras e nós quase nos desmanchávamos a rir.
- E que cara achas que poderias fazer se ele viesse outra vez para te bater?
- Uma cara de corajoso!
- Isso, vamos a isso! E agora o que podes dizer?
- Não me podes bater, ou nunca mais brincas comigo!
- Boa, mas desviaste os olhos, assim ele não te leva a sério. Tens de olhar para a cor dos olhos dele, vamos, olha para a cor dos meus olhos e diz!
E o papá tirava-lhe um brinquedo à má fila e ele olhava-o nos olhos com "cara de corajoso":
- Alto aí, aguenta os cavalos! Eu é que estava a brincar com isso!
- Boa, filho!
Quando o fui buscar à escola perguntei como lhe tinha corrido o dia.
- Correu bem, mãe, quando o B. veio para me bater eu olhei para a cor dos olhos dele e disse-lhe "as regras".
- [Fiquei espantada, não tínhamos falado em regras] - Que regras?
- Disse que se me batesse eu ia chamar o meu pai, que era o chefe das tropas e que nunca mais brincava comigo!
- [O chefe das tropas? Mas de onde é que isto veio?] E ele?
- Ele ficou a olhar e depois fugiu. Mas depois veio perguntar-me se eu queria brincar às preguiças.
- Ah... e tu?
- Eu fui brincar com ele.
- E depois?
- Brincámos às preguiças ao pé do escorrega. E depois às escondidas...
Ah, a beleza da infância! A vida é simples, felizmente... Ainda é cedo, eu sei, mas já se passaram dias e nem mais uma queixa!
- Vá, baby, faz uma cara feliz. E agora uma cara triste. E agora uma cara de corajoso! Boa!
E ele lá ia fazendo as caras e nós quase nos desmanchávamos a rir.
- E que cara achas que poderias fazer se ele viesse outra vez para te bater?
- Uma cara de corajoso!
- Isso, vamos a isso! E agora o que podes dizer?
- Não me podes bater, ou nunca mais brincas comigo!
- Boa, mas desviaste os olhos, assim ele não te leva a sério. Tens de olhar para a cor dos olhos dele, vamos, olha para a cor dos meus olhos e diz!
E o papá tirava-lhe um brinquedo à má fila e ele olhava-o nos olhos com "cara de corajoso":
- Alto aí, aguenta os cavalos! Eu é que estava a brincar com isso!
- Boa, filho!
Quando o fui buscar à escola perguntei como lhe tinha corrido o dia.
- Correu bem, mãe, quando o B. veio para me bater eu olhei para a cor dos olhos dele e disse-lhe "as regras".
- [Fiquei espantada, não tínhamos falado em regras] - Que regras?
- Disse que se me batesse eu ia chamar o meu pai, que era o chefe das tropas e que nunca mais brincava comigo!
- [O chefe das tropas? Mas de onde é que isto veio?] E ele?
- Ele ficou a olhar e depois fugiu. Mas depois veio perguntar-me se eu queria brincar às preguiças.
- Ah... e tu?
- Eu fui brincar com ele.
- E depois?
- Brincámos às preguiças ao pé do escorrega. E depois às escondidas...
Ah, a beleza da infância! A vida é simples, felizmente... Ainda é cedo, eu sei, mas já se passaram dias e nem mais uma queixa!