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Beijo de Mulata

Beijo de Mulata

14
Jan12

[boas novas] o diário da zambézia

beijo de mulata

Nossa Senhora de Mulevala
(Mulevala, Zambézia)

Alvíssaras, meus amigos, já temos novas do Gilé, directas para Portugal! São 06:00 em Moçambique, menos duas horas em Portugal continental e parece que o Sr. Pompisk amanheceu melhor, graças aos medicamentos que seguiram daqui na semana passada, a Deus Nosso Senhor e a Santa Maria de Mulevala, a Santa geograficamente mais próxima do Gilé, que por uma questão de comodidade - e de brio regionalista! - resolvemos adoptar como padroeira desta cura.

Já vos falei de Nossa Senhora de Mulevala (a propósito desta história), mas, para quem não conhece, é assim uma espécie de Nossa Senhora de Fátima, mas que apareceu em Mulevala, a cerca de 200 km do Gilé, a um grupo de camponeses e não a três pastorinhos. Convenhamos que na Zambézia não há assim muita pecuária e portanto, para aparecer a pastorinhos, Nossa Senhora teria de ir para Cabo Delgado, ou para a Tanzânia e lá ficávamos nós sem padroeira. Em vez de um manto azul vinha vestida com uma túnica branca e envolta num manto verde, não tinha segredos [pelo menos, se os tinha, das duas uma, ou não os contou, ou ainda ninguém se descaiu] e, tanto quanto sei, ainda não há meninas na região chamadas Maria de Mulevala. Mas temos pena...

O Sr. Pompisk costuma dizer que não é crente mas, nas suas próprias palavras, à cautela vai fazendo muitas obras de caridade aqui e ali, porque assim sempre ajuda os vivos e pode ser que Deus, se existir, se lembre dele quando chegar o dia e a hora! Felizmente parece que o dia e a hora não são hoje... É uma alma de comerciante, sem apelo nem agravo! E genuína e boa...

Aliás, esta alma de comerciante também está patente em canções populares no nosso país: quem não sabe cantar o Natal de Elvas, "Eu hei-de dar ao Menino/ uma fitinha para o chapéu/ e Ele também me há-de dar/ um lugarzinho no céu!" O Sr. Pompisk pelo menos faz coisas que se vejam, enfermarias para o hospital, por exemplo, que vieram substituir um telheiro vergonhoso, sob o qual ficavam internadas crianças com doenças gravíssimas.

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