Esta manhã passei novamente naquele que eu acho que seria o ponto de partida ideal para um Roteiro Humorístico da Cidade de Lisboa, ali ao Conde de Redondo. E, precisamente na montra da mesma loja de ferragens de que um dia vos falei, vi que tinham retirado o cartaz que dizia: "Temos onicomicoses* para fungos." Agora o vidro ostentava um cartaz muito mais sintético. Dizia apenas: "Onikomikozes. Aki tem!"
Mas será que aquilo afinal, em vez de publicidade, é um pedido de ajuda?
* Para que não digam que eu agora dei em falar chinês, onicomicose é uma infecção das unhas causada por fungos.
A menina crescia, com um olhar vivo e uma actividade impressionante e os pais, a pouco e pouco, foram também reconstruindo a própria alma e revelavam-se as pessoas que são hoje: fantásticos, incondicionais e cheios de bom humor. E quanto mais o tempo passava, mais se compreendia que a menina ia crescer para ser uma menina muito inteligente e especial. Cresceu mimadíssima por pais e avós, entre consultas de tudo e mais alguma coisa em que invariavelmente estava tudo bem. Até que aos quatro anos, por pressão da pediatra que dizia que não podia ser, que não podia continuar em casa o dia todo, que não podia ser superprotegida, que já era mais do que tempo, a muito custo, os pais inscreveram-na no jardim infantil.
Uma semana depois constipou-se e teve uma sinusite. Dias depois dava entrada nos intensivos com uma meningite gravíssima. Dizem que o luto custa mais à segunda vez... Mas que dizer da alegria que é ver uma criança renascer, pela segunda vez, depois de ouvir que era quase impossível? Já vi meninos sairem de meningites destas sem muitas sequelas. Mas impecáveis como ela nunca tinha visto...
No final voltámos à carga. Que não podiam desanimar. Que a menina tinha de fazer uma vida normal. Que só assim é que a vida tinha sentido. Que tinha de ir à escolinha novamente.
- Nem pensar, Doutora! - Dizia a mãe, com o sorriso bem-humorado que a caracteriza, mas absolutamente determinada. - Para a escola é que ela não volta nunca mais! É que não mesmo. Quando chegar aos 18 anos meto-a nas Novas Oportunidades!
Há uns meses tivemos uma menina nos cuidados intensivos com uma meningite de caixão à cova. Daquelas que metem coma de vários dias, alterações neurológicas difíceis de compreender mas tão persistentes que achamos que já não vão melhorar, bactérias resistentes aos antibióticos, várias cirurgias de drenagem. E medos e ansiedades e revoltas e perplexidades.
Tinha sido uma menina muito desejada, mas que tinha nascido sem esperança nenhuma, com os pais já a fazer o luto da criança que nunca teriam... No final da gravidez o cérebro da menina foi desaparecendo, comprimido contra as paredes do crânio por um mar violento que não tinha fim. Hidrocefalia, diziam os obstetras... Dandy-Walker, acrescentavam os Neurocirurgiões... Os pais não diziam nada...
O parto tinha sido um suplício, num desespero de quem tem a noção perfeita de que para sair viva daquela dor precisa de dar o seu melhor, mas que, por mais que se esforce, tudo quanto vai ter no final é um ventre vazio... Só que, contra todas as expectativas, a menina começou a respirar sozinha quando nasceu e portanto foi levada para ser operada e tentar abrir alguns canais naquele mar morto que lhe tinha nascido na cabeça e que tinha alagado a alma dos pais. Operavam-na porque ela tinha sobrevivido. Continuava a não haver esperança nenhuma a longo prazo. Mas que pelo menos a cabeça não crescesse tanto que ficasse a pesar muito mais que o próprio corpo, tinham-lhes explicado. Apenas para isso. Para que pudessem cuidar dela até ao fim...
Mas nos dias seguintes, um milagre foi acontecendo. Depois da cirurgia, o cérebro da menina, que tinha uma espessura de milímetros à nascença, foi-se expandindo até conquistar novamente o espaço que lhe tinha sido roubado e arrastado contra o crânio pela força das águas. Os pais, que nunca tinham arredado pé, iam olhando para ela, à medida que abria os olhos e esboçava um sorriso e se mexia e bocejava... e comia... E iam, quase a medo, acreditando que era possível. Nós não queríamos acreditar. Nós por fim só nos rendemos à evidência!
[E mais uma vez ficava provado que aquela massa, que só quem é muito crédulo acredita que é cinzenta, porque é vermelha, cor de sangue vivo, como quase tudo o que é nosso da pele para dentro... que aquela massa vermelha é o cimento de que se constrói a alma de uma criança. E é a pintura que pode dar brilho às almas dos pais.]
Ontem desci as escadas com o coração pequenino, pequenino. Voltei para a animação carnavalesca do serviço de urgência com uma perturbação quase física no peito. Tinha ido dar uma notícia ao pai de um menino que estava internado há quinze dias num quarto de isolamento com uma doença grave.
Coloquei uma máscara para poder ir à porta e por isso ele não me viu sorrir, mas percebeu pelo meu olhar que a hora tinha chegado. E ele estava à espera. Já estava à espera daquele momento há mais de quinze dias. Sabia de todas as hipóteses, estava a par das nossas dúvidas, das nossas preocupações, dos nossos avanços e recuos. Sabia que o menino estava na mesma há muito tempo. Tempo demais, no seu coração de pai. Tanto tempo que já tinha deixado de fazer perguntas. Talvez por isso eu tenha tido de repetir três vezes a mesma frase até ele a compreender: "É benigno!" Eu também. Também só à terceira vez é que entendi o tamanho da angústia que lhe tinha abafado as perguntas e amordaçado a esperança...
Serviço de Urgência, menina de dois anos trazida por uma osteomielite, uma infecção num dos ossos do braço. Mãe, natural da Guiné-Bissau, obviamente muito preocupada.
- A sua menina tem sido saudável? - Sim, Doutora, nunca teve doenças antes. - E há alguma doença na sua família? - Não, somos todos saudáveis. - E sabe se há alguém com tendência para ter muitas infecções? Assim alguém ou alguma criança que lhe tenham dito que tem poucas defesas? - Não. Só eu tenho problema de sangue. Tenho... como se diz... anemia. Mas não é nada de especial. - Mas não sabe que tipo de anemia tem? - Já me explicaram mas não sei o nome. - Mas faz algum tratamento? - Sim, passaram-me um tratamento, mas há muito tempo que não faço porque disseram que não tinha cura. - Disseram que não tinha cura? Mas não se lembra mesmo de que anemia é? - Não sei o nome. Só sei que o meu sangue fica quadrado. - Como?! Fica quadrado? Como assim? - Não sei, Doutora, só me explicaram que o sangue fica quadrado. - Mas... quadrado? Quadrado como? Não será antes... coagulado? - Não, quadrado mesmo! - Mas como é que lhe explicaram? - Disseram que o sangue das pessoas é redondo, mas que o meu às vezes fica quadrado. - [Oh, céus, mas o que será que isto quer dizer?] - Quer dizer, não é bem quadrado, é assim mais... alongado. - [Eureka!] Ah! Tem uma anemia falciforme! - Sim, é isso mesmo! - Pronto, já percebi tudo! Já sei o que é que tem a sua menina. Vamos então ao laboratório...
Ontem, depois de um fim de semana maravilhoso, no meio de um abraço de despedida, houve uma frase que me tocou fundo e veio coroar mais de seis mil quilómetros, em que cada centímetro valeu a pena: "Foi tão bom ter-te cá... eu sinto que foi... foi um milagre ter-te aqui comigo!" A vida às vezes é tão simples...
"E todas as pessoas vivem, não pelo amor que têm por si próprias, mas pelo amor por elas que existe nos outros."
Para melhor ouvir esta história, nem que seja na reverberação que as palavras fazem no pensamento, é preciso ler com sotaque. Não é preciso mais nada. Mas os puristas de Mia Couto sabem que as histórias dele são como a galinha à zambeziana: pode comer-se apenas com mandioca, mas com mucapata sabe incomparavelmente melhor.
(Para os que só agora chegaram a este mato, aqui fica a receita do acompanhamento: Faça como as crianças, vá até ao jardim, à praia, ao sofá da sala, deite a sua cabeça no colo de alguém de quem goste e ponha-se a jeito para umas festinhas no cabelo. Ou para lhe coçarem a moleirinha. Ao de leve. Feche os olhos. Deixe-se embalar. Não se importe de adormecer. O ritmo de Mia Couto dá mesmo para dormir antes que a história termine. Não lute contra o sono. O segredo é saborear as palavras que o outro vai interpretando. Uma a uma. Se não ouvir o final da história não se preocupe, é a desculpa perfeita para pedir para repetir! E quando a história terminar não abra os olhos. No fundo, a história não termina, vai terminando. Faça como as crianças, fique mais um pouco. E no final pergunte com um sorriso: e depois?)
- “Eu não sou um qualquer, tradicional. Mesmo já vou dormir em colchão”.
E explicou: ainda ele se esteirava na húmida humildade do chão. Mas era por um enquanto. Pois o seu colchão estava no caminho de vir, quase chegando. - “Contra factos só há argumentos”.
E, de facto. Aconteceu nessa semana quando o comboio transfumou-se na estação, despulmonado. Saíram os magaíças, saiu a mercadoria. E entre as descarregações desceu o mencionado colchão. O povo estava ali para testemunhar. Xavier, inchado, dava ordens de cuidados. Que atentassem também no armário. - “Me tratem bem esse arrumário”.
Ele não punha mão no carrego. Suores manuais não eram da sua estatura. Acontece que entre a multidão figurava Maria Amendoinha que logo, em imediato coração, desembarcou nos olhos do Xavier. A moça escutava, embevencida, o ex-mineiro a papagaiar pela estação dos caminhos-de-ferro. Que eu e eu, que isto multiplicado por aquilo, noves fora eu.
A mercadoria subiu num tchova e o povo seguiu o carrego em procissão. Maria Amendoinha seguia na cauda, absorta, coração em pensamento. O cortejo chegou a casa de Zandamela, a carga foi nivelada no rés-da-terra e transpostada para os interiores. Do lado de lá, os curiosos se fatigaram e dispersaram. Ficou apenas a jovem, sonhatriz, em suspiros mais leves que osso de morcego. Nem ela notou a chegada da noite. Xavier saía e entrava a sacudir o cachimbo no pátio. Numa dessas saídas deu pela presença dela. Primeiro não decifrou sombras, desfolhou cautelas. Depois, ele aproximou intimidade, abelhoso. Duas cadeiras se arrastaram para assentar o tempo. O mineiro alargou as falas, endomingando conversa. - “Você nem sabe imaginar as terras onde trabalhei! Lá não há pobre diabo. Sim, lá até o diabo é rico!”
Conversa puxa silêncio e a menina se fantasiava, natalícia. Nunca ninguém lhe lustrara tantos tentos e atentos. Amendoinha, despossuída, parecia a Eva sem maçã.
Xavier adiantou convicto convite: ela que entrasse a experimentar o colchão. Passos ébrios, ela foi entrando. E sucedeu-se: o colchão cumpriu seu destino. Estreou-se o objecto e a menina. Ficou um sanguezinho, vermelho minúsculo a manchar a esponja do colchão.
No dia seguinte, começou vozearia na aldeia: a nuvem é maior que o sol? A Xavier Zandamela lhe pesava o céu de tanto ser mencionado. Eram as falas: - “O sapo incha por não dividir. Agora ele quer dormir sozinho em tanto colchão? - “Esse é que o calcanhar: o gajo não deitou sozinho! - “Acolchoou-se com alguém?” Era urgente fechar o pio, para abrir o corrupio: Xavier tratou-se de casar com Amendoinha. E os dois conjugaram-se, em dia-a-noite. Porém, aquela felicidade se contou pelos dias. O mineiro revelou seus fundos violentos. Volta e volta ele batia na recente esposa. Xavier quis lavar a boca e sujou o sabão. Porque aconteceu então o imediato seguinte: altas horas a mulher acordava, escutando barulhos vivos dentro do colchão. Depois já não eram apenas sons, mas coisa apalpável. Amendoinha começou a colocar hipótese de maldição. - “Marido: há bicho andante aqui dentro! - “Isso nem se menciona”, advertia Xavier. “Somos alguns irracionáveis, igual a essa povaria do subúrbio?”
Amendoinha não se resignava. Se não era igual ao povo seria idêntica a quem? O marido aumentava-se, mas aquilo era corpo de imbondeiro. Ela já vira o engano: molhado, o leopardo não é mais que um gato-bravo. Bem diz o provérbio: a lua morre e é grande enquanto as estrelas, ainda que pequenitas, ficam a brilhar. - “Pois, a partir de agora, você troca colchão por esteira. - “Mas esses barulhos, Xavier... - “Mas quais barulhos, santo e deus! Se eu não escuto nada? - “Se não vêm do colchão é porque, pior, estão a vir da minha cabeça”.
Isso, sim. Xavier admitia, rindo. Mas aquelas gargalhadas eram alegria sem carne: se via através delas o nervo do medo. Os barulhos prosseguiam, quotinocturnos. Mesmo deitada na esteira, Amendoinha passava noites em claridade. Ao longo de tanta insónia, ficou zonza-sonsa, coxeando da razão. E já não prestava respeitos ao seu legítimo. Xavier, despeitado, lhe incrementou nos arraiais. Batia com mais e mais violência. “Nem é por maldade: arreio-lhe para ela ficar cansadinha e dormir melhor”, dizia o mineiro. Fechava o punho e, enquanto amassava o corpo da mulher, comentava: - “Amendoinha, é você; eu sou o pilão”. A família de Maria Amendoinha veio-lhe buscar-lhe ela já não acertava o pé no passo. O pai de Amendoinha passou o olhar fatalício pelo quarto dos separados de fresco, ditando: - “Aqui cheira a coisa parindo”.
E tinha razão. Pois, no ventre do colchão, daquela manchazita de sangue, estava nascendo aparente criatura, o desabrochar de maldição.
Xavier Zandamela quando se deita, sozinho e triste como gato que perdeu a rua, nem nota o adventício ser. Apenas sente que as formas do colchão se lhe amoldam: há duas concavidades, uma ao lado da outra. Seria que o colchão sentiria saudade da ausente esposa? Até que uma noite, sonhava ele através de amores muito sexuais, quando na carícia do lençol reconhece o volume de seios, polpudas proeminências debaixo do seu corpo. Quem estava ali, afinal? Nem ousou acender as luzes, fosse a aparecência se extinguir. Aceitava aquela conversão de bom agrado.
A partir de então, o colchão se convertia em mulher, na mulher em que sonhava. Cada noite Xavier procedia a mais avanços, com tacto e beijo. A mulher - será que lhe poderia chamar assim? - , a mulher vinha da sobrenatureza e lhe dava um pedacito mais de acesso. Mas sem chegar a vias do facto. Ao despertar, Xavier se satisfazia. E sorriam recíprocos, ele e a manhã. Afinal, por que real motivo se necessita mulher no lado de cá da verdade? Até que uma noite ele se preparou, perfumes e pijama lavado. Aquela noite, sim. Aquela noite, ele visitaria o íntimo daquela promessa. E assim aconteceu. Beijo e escuro, suspiro e silêncio. No êxtase, Xavier se viu dizendo inesperadas palavras: - “Amendoinha!”
De repente, o colchão se revolteou, envolvendo o mineiro. Carnes e esponjas, braços e panos se entrerodilharam. O corpo do homem foi perdendo formato, em dissolvição. Quando dele não restavam senão avulsos botões de pijama se escutaram passos entrando pelo quarto. E Xavier Zandamela ainda sentiu apressadas mãos enrolando o colchão e o carregando pela noite afora.
Possivelmente já repararam que quase não falo das minhas histórias de dentro de casa. Talvez por pudor e por receio do voyerismo, embora também siga blogues intimistas, que falam de pormenores do que se passa portas adentro e não têm receio de se expor sem muitas reservas. Não sou contra, simplesmente não é do meu feitio.
Eu sou mais reservada. Mesmo no dia a dia*. Não pareço, eu sei. Disfarço o mais que posso. Tive um conhecido, o meu instrutor de condução, que um dia me disse que nunca tinha encontrado mais ninguém assim, incrivelmente reservada mas uma conversadora nata. No final, como bom africano que era, reformulou: eu no fundo era, sim, uma desconversadora nata! Pois, aquilo em que eu sou especialista é em contar histórias. Quando não posso, desconverso. Ou falo do tempo. São poucas as pessoas que me fazem baixar a guarda.
Mas hoje, à conversa com uma amiga que anda desanimada pela dificuldade em engravidar, lembrei-me de uma história deliciosa dos meus 14 anos. Pela primeira vez fi-la rir-se do assunto e admitir que, se a receita da minha avó falhasse este mês, então estava na altura de ir procurar ajuda especializada...
Estávamos nas férias de verão e eu e os meus irmãos tínhamos ido visitar a minha avó, então com 85 anos. Ela, na altura estava mais ou menos como está hoje: lúcida, independente (hoje um pouco menos, infelizmente), bem disposta e perspicaz. Uma força da natureza com um sotaque levemente espanholado por ter vivido toda a vida numa terra de fronteira. Sempre se achou de mente aberta, e quase andaria à frente do seu tempo... se eu tivesse nascido trinta anos antes.
Numa tarde, ela olhou para mim, já uma mulher feita, com o corpo que tenho hoje, sentada a ler um romance e disse-me que queria conversar comigo. Achou que era altura de me pôr ao corrente dos factos da vida. Claro que me fiz de novas para não a desiludir. Curiosamente, abordou o assunto com clareza e um bom humor que não lhe suspeitava. Provavelmente falou comigo do mesmo modo que gostaria que tivessem falado com ela. Mas claro, mais de 70 anos depois, muita coisa já teria mudado...
Também achou por bem dar-me alguns conselhos para um casamento bem sucedido, como o de nunca deixar que o homem perceba que estamos cansadas dele, porque é um sentimento que passa, mais tarde ou mais cedo, e voltamos a apaixonar-nos. E uma pérola sobre a infertilidade:
- Filha, quando estava na altura de ter filhos e as mulheres não conseguiam "alcançar" [engravidar], havia uma oração que nunca falhava. - Ah, sim? E como era essa oração? - Antes de se deitarem juntos, rezavam os dois: "Senhor, não é por luxúria nem por vício, mas para dar um filho ao teu serviço!" - E depois? - E depois, Pai Nosso, Avé Maria e Glória. - Não, avó... Pronto, está bem... E então, funcionava? - Funcionava, filha, claro! Os filhos nasciam e criavam-se [sobreviviam]!
Uma pequena oração, um Padre Nosso, uma Avé Maria, um Glória, e ala que já anoiteceu! Seriam os preliminares da altura? Espero que não, mas bem... sempre seria melhor que nada...
Mas diga-se, em abono da minha querida avozinha, que ela e o meu avô tiveram seis filhos, todos vivos e saudáveis. É aproveitar, meus amigos, que eu não duro sempre!
*Abolir os hífenes é o máximo que por enquanto consigo cumprir do acordo ortográfico...