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Beijo de Mulata

Beijo de Mulata

26
Ago11

[yo mussi] a minha família

beijo de mulata

Digam-me se não é uma delícia a escolinha comunitária de Murrupula? Construída com donativos e com contribuição da própria comunidade. Mão de obra local. O pintor é o celebérrimo Chico, que foi de Nampula de propósito para pintar as paredes da escolinha voluntariamente.
As crianças vão à escola e ali, em vez de ficarem o dia inteiro sem comer e entregues a si próprias, brincam, dançam, cantam, aprendem a falar português... Algumas têm  padrinhos em Portugal, em Itália, em Espanha, que colaboram com as Irmãs. Outras os pais têm possibilidade de pagar e ajudam as outras crianças da comunidade a integrar-se na escola. Assim, quando chegam à primeira classe não aprendem a ler e a escrever numa língua totalmente desconhecida.
(Escolinha Yo Mussi, Murrupula, Nampula)


Sim, eu sei q?ue estou sempre a dizer o mesmo, mas as escolinhas são uma ideia vencedora contra o insucesso escolar e a iliteracia em Moçambique, sobretudo nas comunidades em que a língua predominante não é a oficial. Choca-me que as crianças desfavorecidas não tenham acesso a livros em casa e que comecem do zero absoluto no que toca a aprender a ler, mantendo o ciclo de pobreza. Se as nossas crianças, que nascem rodeadas de letras e números e têm livros desde os seis meses às vezes têm dificuldade em aprender, como poderemos mandar estas para a escola só aos seis ou sete anos, sem ideia nenhuma do que lá vão fazer e sem saber falar a língua em que vão aprender?
26
Ago11

[inspiração para uma despedida] decisões difíceis...

beijo de mulata
"Sempre tive uma tendência terrível para adiar coisas inadiáveis. Sempre que há um prazo para cumprir eu sou aquela que entrega as coisas já a pisar o limite. Tenho tendência a adiar, deixar para depois que hoje não apetece. Não me orgulho mas é verdade. Sou assim com as minhas relações (sentido lato) também, felizmente não tanto, felizmente não chego ao limite. Dou por mim a ignorar sinais de "abuso", dou por mim descontente mas a agarrar-me a migalhas como se disso pudesse depender a minha subsistência, dou por mim a ser ignorada e dou pelas minha energias a baterem no casco. E tolero durante algum tempo, tempo esse em que vou emitindo avisos. Deixo porque gosto, porque tenho carinho, porque são amizades longas e com muito tempo de história, porque não fazem por mal, porque dizer não dá muito trabalho, porque tenho alguma capacidade de sacrifício, porque o céu é azul e porque hoje estão 27ºC. Assisto a uma morte lenta enquanto agonizo até ao dia em que me lembro que sou a favor da eutanásia. Eu acredito que numa situação irremediável, há vários fins possíveis. Quanto mais o protelarmos, pior será a versão. Não sei o máximo que valho, mas sei o mínimo pelo qual mereço ser reconhecida. Com alguém que me veja abaixo disso, é impossível relacionar-me."
Por Nervos em Frangalhos

Este texto não podia descrever melhor aquilo que sinto... Está decidido. Vou trocar de frigorífico!

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