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Beijo de Mulata

Beijo de Mulata

27
Jul11

[welcome to catalunya] frases inspiradoras

beijo de mulata

No te pongas malo que estamos en crisis. Un convite de HSJD.
Não fiques doente que estamos em crise. Uma sugestão do Hospital Sant Joan de Déu.
(Barcelona)

Não é um cartaz da autoria dos Indignados, acampados durante meses na Praça da Catalunha?... Temos pena que não o seja, que assim conferia mais tempero ao slogan, não o deixando ser um mero panfleto e sim parte de um movimento maior, mas pronto, isso também é indício de que até num hospital pediátrico se exerce o direito à indignação! Obrigadinha e façam favor de não adoecer... Porque sim. É sempre saudável.
27
Jul11

[welcome to mozambique] o mercado das calamidades

beijo de mulata



Vendendo e comprando a roupa usada, doada por países mais a norte do equador... São estes os mercados das "calamidades". Suspeito, aliás, que em Moçambique, para a maioria das pessoas, a palavra "calamidade" é sinónimo não de catástrofe mas de roupa barata usada, vinda da Europa.
(Maputo, Moçambique)
27
Jul11

[outras palavras] a loira do jeep parado no semáforo

beijo de mulata

Crianças...
(Maputo, Moçambique)

Um post de Eduardo Castro, do ElefanteNews (o link está ali na coluna da direita, sob a vénia de olavula sana), tão real e tão verdadeiro que não resisto a partilhá-lo.
Parado no sinal fechado, voltando do almoço, vi a loirinha abrir a janela do Jeepão 4×4 e fazer um gesto pra menino que estava ali, no cruzamento das avenidas Mao Tse Tung (ele mesmo) e Julius Nyerere (ex-presidente da Tanzânia), zona nobre de Maputo. O garoto veio, correndo entre os carros. A moça deu a ele dois saquinhos – um azul e outro rosa. Eram de algodão doce. Os olhos do menino ficaram bem arregalados, e muitos foram os sorrisos e agradecimentos.

Abriu o sinal, o trânsito andou, o Jeepão foi embora, e eu, sem vaga pra parar o carro, acabei por ter que dar outra volta no quarteirão, parando quase no mesmo sinal fechado, uns dois minutos depois da cena inicial. Tempo suficiente para ver o mesmo menino, os mesmos saquinhos. Só que agora, ele já estava tentando vendê-los.

Decepcionado com tanta “ganância”? Não fique. Sorriso e algodão doce podem até preencher o coração do menino de amor, mas não mata a fome dele. O que mata a fome dele é xima: água e farinha de milho, base da alimentação de milhões e milhões de africanos.

“Quebra um pouco o encanto”, mas pobreza não tem encanto. Olhos azuis cercados por cabelos amarelos, quando encontram olhos pretinhos num rosto tristonho, costumam brilhar de compaixão e piscar intensamente, cheios de doçura – mas não enchem barriga.

Pra alguns também “quebra o encanto” saber que aquele agasalho velho que foi doado para “os pobres da África” não é entregue a um “pobre da África”. É destinado a instituições (em alguns países é mesmo o governo que faz isso) que – segure seu queixo, loirinha – vendem essas roupas, aos fardos, para revendedores locais.

Há verdadeiros mercados só com as roupas doadas. Aqui em Moçambique chamam a isso de “Calamidades”. “Comprei nas Calamidades”, é a frase. Camisas, calças, cintos, vestidos, agasalhos, sapatos, cobertores, tecidos, chapéus, toalhas, sacos de dormir, barracas de lona, fogareiros. Tem de tudo nas Calamidades.

Sim, loirinha: eles vendem aquele vestidinho que você doou “com tanto carinho”. E isso é ótimo. Gera emprego e renda pro vendedor, distribuidor, revendedor, costureira que conserta o que não vem bom, motorista do caminhão. Alguém usa a roupa, mas alguém também ganha dinheiro – e compra farinha pra fazer xima.

“Mas estão lucrando em cima de mim! Da doação que fiz com tanto carinho!” Bom, chegamos ao ponto da indignação, então: é que eles ganham, e não você – que doou “com tanto carinho”.
Ler o resto do post aqui.

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