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Beijo de Mulata

Beijo de Mulata

02
Jul10

[welcome to mozambique] os meus meninos gaiatos

beijo de mulata

























Ontem estive numa conferência ao lado do Professor Fernando Nobre, presidente e fundador da AMI e era suposto falar sobre o meu percurso como voluntária em Moçambique. Mas já aqui vos falei do meu problema. É que a história desta paixão é agora tão complicada que sempre que a tento contar me contradigo. E quando, por vezes, lá acerto, sou invariavelmente mal citada... Não é fácil.

Valeu-me a memória emocional, o meu gosto por contar histórias e evocar imagens e comecei naturalmente por dizer que os encantos de primeira vez em África foram em 2003, na Casa do Gaiato de Maputo. Uma coisa que não contei, mas que me ficou gravada a fogo, foi que fiquei absolutamente rendida no meu primeiro dia. Horas depois de ter chegado, os meninos foram-me colocar na mesa de cabeceira uma flor silvestre que crescia dentro de uma casca de coco...
01
Jul10

[aviso] ignore este aviso

beijo de mulata
Há por aí médicos a trabalhar 48 horas seguidas! O que eu acho é que eles deviam andar com um dosímetro de trabalho, como os radiologistas... e quando ultrapassassem as 24-36 horas seguidas ficávamos autorizados a pegar num martelo esterilizado para os pôr a dormir com uma pancada na cabeça. Bem... pronto... era uma ideia.

Isto tudo para dizer: Eu sei que estás aí! Vai dormir que amanhã também é dia!
01
Jul10

[what do you zink of me?]

beijo de mulata
O que Sempre Soube Sobre as Mulheres mas Tive à Mesma de Perguntar.


Tratam-nos mal mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende… Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas como qualquer homem, só que com muito mais nível.

Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-se mesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes. Choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos – elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se connosco...

Rui Zink

(Com os meus mais sinceros agradecimentos à Dra. H., minha correspondente na farmácia e grande aliada em situações de nonsense hospitalar.)

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