Ontem estive numa conferência ao lado do Professor Fernando Nobre, presidente e fundador da AMI e era suposto falar sobre o meu percurso como voluntária em Moçambique. Mas já aqui vos falei do meu problema. É que a história desta paixão é agora tão complicada que sempre que a tento contar me contradigo. E quando, por vezes, lá acerto, sou invariavelmente mal citada... Não é fácil.
Valeu-me a memória emocional, o meu gosto por contar histórias e evocar imagens e comecei naturalmente por dizer que os encantos de primeira vez em África foram em 2003, na Casa do Gaiato de Maputo. Uma coisa que não contei, mas que me ficou gravada a fogo, foi que fiquei absolutamente rendida no meu primeiro dia. Horas depois de ter chegado, os meninos foram-me colocar na mesa de cabeceira uma flor silvestre que crescia dentro de uma casca de coco...